Research, Society and Development, 9(9), p. e755998014, 2020
Este estudo tem como objetivo demonstrar os aspectos gerais da Febre Amarela (FA) no Brasil, especialmente com relação aos aspectos epidemiológicos que afetam diretamente a saúde coletiva, trazendo em seu contexto o surto de FA evidenciado no Brasil entre os anos de 2016 e 2017, onde foram identificados 778 casos humanos da FA, incluindo 262 mortes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica e documental. Foram realizadas buscas por dados contemporâneos, chamando a atenção para a importância de se tratar a FA como uma doença tropical, de grande impacto na saúde coletiva e que merece atenção das políticas públicas de forma constante. Os resultados demonstraram que a região brasileira mais atingida por FA (2016-2017) foi a Sudeste. Além disso, apesar de haver predominância da FA silvestre, a não atenção e aspectos preventivos, eliminação dos agentes transmissores, e ampliação das áreas de vacinação podem impulsionar surtos que além de mais frequentes podem atingir maior número de pessoas. Considera-se, então, necessidade de estudos ambientais e entomológicos para o reconhecimento de áreas receptivas para transmissão silvestre, e aplicação de ações em saúde coletiva, com vistas ao combate e prevenção do vetor, transmissor da FA.