Objetivo: verificar possíveis alterações de células do sistema imune (leucograma) e imunoglobulinas em mulheres com depressão. Metodologia: trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico, conduzido com 50 mulheres (com depressão n=25; sem depressão n=25) residentes na região do Vale do Araguaia, Brasil. As mulheres foram investigadas por meio da coleta de uma amostra de sangue periférico, sendo determinadas as concentrações de leucócitos através da contagem de células por citometria de fluxo e as concentrações de imunoglobulinas por imunoturbidimetria. Os dados obtidos foram analisados pelo teste Kruskal-Wallis e DUNN. Este estudo foi aprovado por um Comité de Ética e Pesquisa (CAAE: 34568014.8.0000.5587). Resultados: a amostra, foi composta por mulheres com média de idade de 37±10,59 anos, brancas/pardas e solteiras. Prevaleceu mulheres não fumantes e que não tem hábito de consumir bebidas alcoólicas. A depressão esteve presente entre 50% da amostra. Quanto à avaliação do leucograma entre os grupos (com depressão e sem depressão), observou-se uma diferença significativa no valor sérico dos Basófilos, e as concentrações totais das Imunoglobulinas não apresentam diferenças significativas entre os grupos. Conclusão: neste estudo a depressão não interferiu na concentração das células leucocíticas nem na produção de imunoglobulinas, podendo estar relacionado ao uso em longo prazo de fármacos psiquiátricos, por possuírem propriedades imunomoduladoras, destacando a importância de realizar um tratamento e acompanhamento para depressão.