O presente trabalho aborda a questão da educação do campo e surge com o propóstio de pensar suas possíveis contribuições para uma formação omnilateral. Para tanto, utilizamos como metodologia a pesquisa de cunho bibliográfico. Iniciamos com uma breve análise da história da educação do campo no Brasil, com todas as lutas e conquistas, seguimos fazendo uma diferenciação entre a educação rural e a educação do campo, posto que as mesmas, embora muitas vezes tratadas como se fossem o mesmo tipo de educação, possuem características específicas. A educação rural caracterizada por reproduzir a educação urbana no meio rural, a educação do campo procura não somente valorizar a identidade campesina, mas atuar em prol da emancipação dos sujeitos do campo. O artigo apresenta uma breve definição de formação omnilateral, enquanto uma formação que engloba todas as dimensões do processo de humanização dos sujeitos. Infere-se que a educação do campo pode proporcionar importantes contribuições para que a formação omnilateral se efetive a exemplo do caráter ético-político dado ao fazer educativo, da busca pela superação do paradigma de produção capitalista e da luta pela construção de um novo modelo de sociedade baseado num desenvolvimento sustentável.