O incremento da poluição dos recursos hídricos por inúmeros efluentes gera insegurança junto à sociedade e ainda ocasiona em uma diminuição na qualidade da água mineral envasada e no seu objetivo principal de consumo que é a proteção à saúde. No entanto, a isenção ao risco a saúde humana só pode ser garantida quando os parâmetros microbiológicos, substâncias químicas e propriedades físicas estão de acordo com os padrões pré-estabelecidos em resoluções como a RDC 274 e 275 ANVISA/2005. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo analisar a qualidade de 10 marcas de água mineral comercializadas na Região Metropolitana de Belém em garrafão de 20L quanto aos parâmetros microbiológicos e físico-químicos frente às legislações vigentes. Das 60 amostras analisadas, apenas três marcas obtiveram 100 % de satisfatoriedade quanto aos ensaios microbiológicos, e entre as demais marcas observou-se 25% com presença de Clostrídio sulfito redutor, Chromobacterium violaceum e com maior frequência de coliformes totais. Quanto às análises físico-químicas pôde-se concluir que apesar do atendimento ao padrão estabelecido na legislação, é possível apontar a fragilidade do recurso hídrico, cuja qualidade da água pode estar estreitamente associada à profundidade do poço para captação da água, vulnerabilidade ambiental local, infiltração, lixiviação e manuseio no procedimento de envase.