Research, Society and Development, 9(9), p. e05996633, 2020
O nível de escolaridade pode influenciar nos hábitos alimentares e consequentemente impactar no aporte de nutrientes, desta forma, considerando os prejuízos que tais deficiências podem causar ao feto e à mãe, o estudo teve como objetivo avaliar o consumo alimentar de vitamina A e ferro e sua associação com a escolaridade de gestantes adolescentes do município de Cuité-PB. Tratou-se de uma pesquisa descritiva, de corte transversal e abordagem metodológica quantitativa. Participaram deste estudo 15 gestantes adolescentes atendidas no serviço de pré-natal de Cuité-PB. O estudo mostrou uma grande prevalência de gestantes com diagnóstico de sobrepeso e nível de escolaridade até ensino médio incompleto. Sobre o consumo de fontes alimentares de vitamina A, foi observado reduzido consumo de alimentos de origem animal e vegetal. Com relação ao consumo de ferro, houve baixo consumo semanal de fígado e elevado consumo diário de feijão, além de alto consumo semanal de carne vermelha. Os resultados dos R24 aplicados apontam predominância de inadequação de vitamina A e ferro dietético na dieta das gestantes, apesar de revelar consumo frequente de algumas fontes desses alimentos. Ademais, o estudo não mostrou associação clara sobre a ocorrência de inadequações de micronutrientes na alimentação e o nível de escolaridade, apesar da literatura indicar relação entre o nível de instrução das gestantes e sua influência no autocuidado com a saúde em geral.