Objetivo: Descrever a percepção dos pacientes transplantados renais sobre a farmacoterapia imunossupressora e quais suas principais dificuldades inseridas em seu contexto diário. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório. A entrevista ocorreu com auxílio de um questionário semiestruturado. Os dados foram submetidos a análise lexical no Software Iramuteq e analisados por meio da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), Análise Fatorial por Correspondência (AFC), e por fim, foi gerada a Nuvem de palavras. Resultados: Foram entrevistados 21 pacientes, com idade entre 19 e 76 anos. O corpus textual foi separado em 448 segmentos de texto (ST), com aproveitamento de 360 ST (80,36%). Os dados inicialmente emergiram em quatro classes e subdividias em duas ramificações do corpus total da análise: Classe 1 (30,8%), Classe 2 (24,4%), Classe 3 (23,1%) e Classe 4 (21,7%). A AFC reproduziu as classes no plano cartesiano, onde as classes 2 e 3 difundem-se nos quadrantes superiores, enquanto as classes 1 e 4 representadas em quadrantes opostos. As evocações com maior frequência (“Tomar”, “Hora”, “Medicação”) foram consideradas e organizadas na nuvem de palavras. Conclusão: Conclui-se que os pacientes transplantados renais enfrentam dificuldades no regime imunossupressor e são susceptíveis a potenciais efeitos adversos.