Associação Brasileira de Pós -Graduação em Saúde Coletiva, Revista Brasileira de Epidemiologia, suppl 1(23), 2020
DOI: 10.1590/1980-549720200005.supl.1
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RESUMO: Objetivos: Definir o perfil das vítimas de queimadura atendidas nos serviços de emergência e identificar possíveis associações entre as variáveis investigadas. Métodos: Estudo transversal com base nos dados do inquérito “Vigilância de Violências e Acidentes em Unidades Sentinelas de Urgência e Emergência”, de 2017. Procedeu-se à análise descritiva segundo características demográficas e aspectos relativos ao acidente por queimadura, bem como à técnica de análise de correspondência, que permitiu verificar possíveis associações entre as variáveis investigadas. Resultados: Os casos de queimadura foram mais frequentes: em adultos com idade entre 20 e 39 anos (40,7%); em homens (57%); no domicílio (67,7%); em decorrência do manuseio de substâncias quentes (52%). Acidentes no domicílio foram mais frequentes nas faixas etárias de 0 a 15 anos (92%) e idosos (84,4%) e em mulheres (81,6%). Acidentes no comércio, serviços e indústria acometeram indivíduos com idades entre 16 e 59 anos (73,6%). O encaminhamento para outros hospitais esteve associado aos casos ocorridos em idosos e a internação aos eventos que acometeram indivíduos na faixa de 0 a 15 anos de idade. Eventos na população em idade produtiva apresentaram associação com o uso de álcool e o local de trabalho. Entre as mulheres, sugere-se associação dos acidentes com o domicílio e substâncias quentes. Conclusão: Os resultados apontam para a necessidade de ações orientadas no campo da educação em saúde, bem como da regulamentação e da fiscalização trabalhistas.