Journal of Health & Biological Sciences, 1(8), p. 1, 2020
DOI: 10.12662/2317-3076jhbs.v8i1.3002.p1-7.2020
Objetivo: mensurar a prevalência da coprescrição de psicofármacos inibidores clinicamente significativos da enzima CYP2D6. Métodos: estudo transversal realizado com usuários do Centro de Atenção Psicossocial de um município da Amazônia Legal. Os dados foram coletados de prontuário (medicamentos e diagnóstico clínico) e questionário semiestruturado (sociodemográficos). As informações referentes às medicações (substrato/inibidor da CYP2D6) foram consultadas no Micromedex®, Drug Interaction Checker, Food and Drug Administration e The Pharmacogene Variation Consortium. Os dados foram interpretados utilizando estatística descritiva percentual simples, considerando a média e o desvio-padrão. Para a confecção do banco de dados, utilizou-se o Office Excel®2010. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o Parecer nº 289.937. Resultados: participaram deste estudo 43 pessoas com média de idade de 40,98 (±11,04) anos, sendo 55,81% do sexo masculino, 81,39% solteiros, 88,37% não brancos (pretos/pardos), 58,14% estudaram até o ensino médio e 62,79% tiveram diagnóstico F20 (esquizofrenia e subdivisões). Entre a população estudada, 100% (43/43) faziam uso diário de haloperidol, e 95,34% (41/43) encontravam-se em uso rotineiro de mais de uma droga metabolizada pela enzima CYP2D6. Verificou-se que 93% (40/43) dos participantes continham coprescrição de substratos e inibidores da enzima CYP2D6, sendo a maior prevalência de prescrições envolvendo ácido valproico, clorpromazina, levomepromazina, prometazina e risperidona. Conclusão: o estudo pôde mensurar alta prevalência de coprescrição de psicofármacos inibidores clinicamente significativos da enzima CYP2D6.