Revista Eletrônica Acervo Saúde, 8(12), p. e3434, 2020
Objetivo: Identificar a prevalência de violência e a sua associação com variáveis socioeconômicas, demográficas e de saúde em idosos de Unidades de Atenção Primária à Saúde em um Estado do Norte do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com 290 idosos acompanhados na atenção primária à saúde na Capital do Acre, no período 2016-2017. Identificou-se as prevalências de cada tipo de violência e verificada a prevalência da violência geral. Por meio da Regressão Poisson, testaram-se os fatores associados à violência geral, com Razões de Prevalência Bruta (RP) com seus respectivos intervalos de confiança (IC95%). Após regressão bivariada, foi realizada a análise multivariada. Permaneceram no modelo final apenas aquelas que apresentaram melhor ajuste nas razões de prevalência e p≤0,05. Resultados: A violência psicológica foi mais prevalente na amostra (30,6%). As variáveis segurança de bairro, renda família, síndrome de fragilidade, depressão, câncer, acidente vascular cerebral, raça/cor e excesso de bebida alcóolica, foram os fatores associados à prevalência de violência geral. Conclusão: evidenciou-se alta a prevalência de violência nos idosos estudados e os fatores associados foram, majoritariamente, relacionados à uma saúde fragilizada. Defende-se que estratégias de promoção do envelhecimento saudável possam também auxiliar no enfrentamento da violência contra a população idosa.