Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 1(69), p. 48-56, 2020
DOI: 10.1590/0047-2085000000255
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RESUMO Objetivo Evidenciar os fatores predisponentes relativos à ansiedade em minorias sexuais e de gênero na literatura. Métodos Trata-se de uma revisão integrativa. A busca dos artigos foi realizada em três bases de dados eletrônicas: PubMed/Medline, Scopus e ISI Web of Knowledge . Foram utilizados os descritores “ anxiety ”, “ LGBT people ”, “ gay ”, “ bisexual ”, “ lesbian ” e “ transgender ”, com textos completos, publicados no período de 2013 a 2018, no idioma inglês, e foi usado o operador boleano AND . Resultados Foram encontrados 712 artigos. Cinquenta e oito (58) artigos foram selecionados para serem lidos na íntegra e 13 atenderam aos critérios de inclusão desta revisão. As evidências mostram que a população LGBT apresenta maior risco para transtornos mentais, entre eles a ansiedade, quando comparada aos heterossexuais. O aparecimento dos sinais e sintomas de ansiedade estão relacionados com a vergonha e o comportamento evitativo dessa população devido à forte discriminação e à ausência de apoio social e familiar, o que ocasiona altos níveis de angústia. Apenas dois artigos estudaram menores de 18 anos. Conclusões Os profissionais da saúde devem estar abertos, acolhedores e atentos à saúde mental desse público, visando contribuir com a promoção da saúde, apoio social, familiar e a redução da discriminação.