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Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 3(11), p. 440-453, 2020

DOI: 10.6008/cbpc2179-6858.2020.003.0034

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Perdas pós-colheita e destinação final de frutas em segmentos comerciais de Teresina (PI)

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Abstract

As perdas pós-colheita representam alto custo ao setor comercial e ocasionam impactos ambientais negativos. A destinação ambientalmente inadequada de resíduos orgânicos é uma questão problemática no Brasil, onde mais de 50% dos seus resíduos totais são com estas características e menos de 2% destes são reciclados por meio de compostagem. Há escassez de informações sobre perdas pós-colheita e destinação de resíduos orgânicos para vários estados brasileiros, notadamente o Piauí. Desse modo, objetivou-se realizar um levantamento do perfil socioeconômico, cenário de comercialização, perdas pós-colheita, descarte e destinação final de frutas em segmentos comerciais de Teresina (PI). Para isto, realizaram-se entrevistas em 10 supermercados, 20 estabelecimentos da Ceasa e 40 feirantes de duas feiras livres, através de um questionário composto por 40 perguntas objetivas. Constatou-se que o cenário de comercialização apresenta frutas oriundas de outros estados (95%), principalmente do Ceará, escoadas em vias asfaltadas através de caminhões de carga coberta com lona. Essas ficam geralmente de 1 a 5 dias expostas para comercialização, com escassos/ausentes investimentos para conservação. Os supermercados ofertam entre 157 e 2450 kg semana-1; Ceasa, 1 e 364 kg semana-1; feiras livres, 2 e 450 kg semana-1. As perdas altas foram expressivas nos três segmentos: feiras livres (91%), supermercados (64%) e Ceasa (45%). Para frutas climatéricas, mamão ‘Formosa’ é o mais perdido nos supermercados (16%), ao passo que abacate na Ceasa (15%) e goiaba nas feiras livres (37%). Entre as frutas não-climatéricas, a uva verde é a mais perdida, com destaque à ocorrência em feiras livres (26%). Essas perdas são descartadas separadamente de outros resíduos, destacadamente em supermercados (100%). A grande parte desses resíduos orgânicos (55 a 60%) apresenta destinação final ambientalmente inadequada, pois são encaminhados para o aterro controlado independente do segmento estudado. Há necessidade de melhor capacitação e conscientização dos comerciantes quanto à adoção de boas práticas pós-colheita, gerenciamento da atividade comercial e educação ambiental, como forma de reduzir prejuízos financeiros e impactos ambientais.