Ciência & Saúde Coletiva, 5(24), p. 1821-1829, 2019
DOI: 10.1590/1413-81232018245.13772017
Resumo O objetivo deste artigo é identificar fatores relacionados com uma maior duração do aleitamento materno. Realizou-se um estudo caso-controle aninhado em uma coorte de mães que tiveram seus filhos nas duas maiores maternidades públicas de João Pessoa – PB quando eles tinham em torno de dois anos de idade. Os casos foram aquelas que amamentaram até o 15 mês (n = 55) e os controles as que amamentaram por mais de 15 meses (n = 48). As variáveis de exposição foram características socioeconômicas maternas, da gestação e parto e a introdução precoce de alimentação complementar. Aplicou-se o teste Qui-Quadrado para selecionar as variáveis independentes (p-valor <= 0,20) para ingressar em um modelo de regressão logística múltipla, permanecendo no modelo final somente aquelas com p-valor <= 0,05. A introdução precoce de fórmula infantil (OR = 4,71, IC95%: 1,76 – 12,63), de outros leites (OR = 3,25, IC95%: 1,27 – 8,31) e realizar menos de seis consultas pré-natal (OR = 2,73, IC95%: 1,04 – 7,07) foram fatores de risco para a menor duração do aleitamento materno. A introdução precoce de fórmulas infantis ou outros leites pode ser um indicador importante para a adoção de ações de promoção e apoio oportunas para o prolongamento da amamentação para atingir a meta da OMS de aleitamento materno por dois anos ou mais.