Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Cadernos de Saúde Pública, 6(35), 2019
DOI: 10.1590/0102-311x00143718
Full text: Download
Resumo: O objetivo foi analisar a percepção das mulheres que realizaram o plano de parto sobre a experiência de parto, os significados do plano de parto, seus elementos constituintes e a relação do plano de parto com o trabalho de parto e parto. Um estudo descritivo qualitativo foi realizado. Os dados foram coletados por meio do questionário Sentidos do Nascer - Contatos Pós-parto, aplicado via contato telefônico. Incluiu mulheres de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, e região metropolitana que participaram da Exposição Sentidos do Nascer, no período de maio a junho de 2015 e março de 2016, quando estavam grávidas, com data do parto anterior ocorrida há mais de um ano e não ter tido abortamento. O tratamento analítico empregado foi a análise de conteúdo das questões. A partir da análise dos dados, emergiram as seguintes categorias referentes ao plano de parto: “presença de acompanhante”, “informações sobre os procedimentos”, “uso de métodos de alívio de dor”, “o uso de anestesia para a continuação do parto normal”, “alimentação durante o trabalho de parto”, “presença da doula”, “não haver intervenção desnecessária”, “realização do parto normal”, “corte do cordão umbilical após cessar pulsação”, “presença e amamentação de recém-nascido pós-parto” e “respeito/tratamento”. Observou-se relação direta com a realização do plano de parto e a experiência do parto positiva. Destaca-se a importância da utilização do plano de parto como uma tecnologia que favorece a experiência positiva do parto. A construção do plano pelas mulheres durante o pré-natal e a realização dele por parte da equipe de saúde contribuíram para o desenvolvimento favorável do trabalho de parto.