Enfermagem Brasil, 6(18), p. 750, 2020
Introdução: A religiosidade consiste no apoio de enfrentamentos cotidianos relativos à existência humana e subjetivados pela convivência com uma condição crônica e estigmatizada. Objetivo: Analisar as representações sociais da religiosidade para pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). Métodos: Estudo descritivo, qualitativo, à luz da teoria do núcleo central das representações sociais. Participaram 165 PVHA atendidas no ambulatório especializado de um hospital universitário do município do Rio de Janeiro. Utilizou-se um questionário sociodemográfico e a técnica de evocação livre ao termo indutor religiosidade. Os dados foram tratados respectivamente no software Excel e EVOC, o qual possibilitou a construção do quadro de quatro casas. Resultados: A maioria dos participantes (61,8%) é do sexo masculino, com ensino fundamental completo (47,9%), 38,2% são católicas, 24,9% espíritas/espiritualistas, 20% protestantes e 17,6% sem religião. Concernente ao núcleo central figuram as palavras fé, Deus e acreditar; e no sistema periférico elementos relacionados à prática da religiosidade. As PVHA representam-na como o exercício da fé através do transcendente, de uma instituição religiosa, da crença e do reflexo desta dimensão para ressignificar sua condição. Conclusão: A religiosidade ocupa um espaço de crença/prática para elas.Palavras-chave: psicologia social, religião, HIV.