Fundacao Getulio Varagas (FGV), Revista de Administração Pública, 5(53), p. 899-916, 2019
DOI: 10.1590/0034-761220170155
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Resumo Compreender a persistência de concepções assimétricas assentes em estereotipia de gênero de trabalhadores é fundamental para as organizações que desejem desenvolver planos de gestão para a igualdade. O propósito deste estudo, realizado em Portugal, foi identificar se em contextos organizacionais altamente masculinizados, ou seja, majoritariamente masculinos, a estereotipia de gênero tende a ser mais acentuada. Para sua realização, aplicou-se o questionário “Men’s Polarized Gender Thinking (MPGQ)” a uma amostra de 160 trabalhadores de 2 organizações - Águas Limpas e SOS. As participações no mercado de trabalho dos homens com níveis de instrução mais elevados se articulam com atitudes mais igualitaristas, ao passo que são os menos escolarizados que menos reconhecem as desigualdades. A escolarização e a educação dos indivíduos são consideradas fundamentais, pois se destacam como importante vetor de aquisição de um sistema de crenças e de valores sociais mais igualitários. Os resultados. Os resultados obtidos demonstram que as atitudes dos homens em relação à igualdade de gênero não se distribuem aleatoriamente. Esses achados corroboram alertas lançados pelas abordagens da interseccionalidade.