Revista de Economia, 74(41), 2020
Os anos de 1960 marcam uma profunda crise no pensamento desenvolvimentista na América Latina. O projeto de industrialização, conforme teorizado pelos estruturalistas da CEPAL, demonstra sua inviabilidade na reversão do subdesenvolvimento. O objetivo deste artigo é compreender como Raúl Prebisch e Celso Furtado, renomados intelectuais expoentes do desenvolvimentismo latino-americano, interpretam tal crise. Apesar de enfoques distintos, tais autores presenciam com a crise uma tomada de consciência, de onde surge a necessidade de compreender a estrutura social da região e os seus mecanismos que atuam entorpecendo o desenvolvimento.