Revista de Medicina, 6(98), p. 396-402, 2019
DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v98i6p396-402
Objetivo: Analisar a variação temporal das neoplasias uterinas na população feminina do estado de Alagoas. Método: Estudo quantitativo, transversal e retrospectivo. Os dados utilizados referem-se a internações e óbitos por neoplasias uterinas em Alagoas, no período de 2007 a 2016, disponíveis nos Sistemas de Informação de Saúde e analisados por estatística descritiva de frequências absoluta e relativa. Resultados: Em Alagoas, de 2007 a 2016, identificou-se 3.525 mulheres diagnosticadas com neoplasias de útero, com média anual de 352,5 casos novos (± 64,3), que foram responsáveis por 4.540 registros de internações hospitalares nas instituições assistenciais de saúde estadual, cuja média foi de 454 internações/ano (± 77,2), e 1.391 óbitos, com média de 139 óbitos anuais (± 13,99). Verificou-se que a população adulta apresentou maior número de óbitos, com 822 registros (57,97%). Notou-se também elevada prevalência no público idoso, com 594 óbitos (41,89%). Quanto à procedência, constatou-se que a 1ª e a 7ª microrregiões de saúde concentram 58,51% dos óbitos locais (830 registros). Conclusão: Em Alagoas, observa-se a necessidade de políticas pública de saúde da mulher efetivas, que aperfeiçoem o acesso precoce para o diagnóstico e o tratamento do câncer de colo uterino, visando à redução dos índices de morbimortalidade.