Diversitas Journal, 3(4), p. 877-892, 2019
DOI: 10.17648/diversitas-journal-v4i3.823
Este artigo surge da insatisfação com a política de progressão continuada, implantada em escolas como a política de aprovação automática. Seria a aprovação automática o viés para a melhoria da educação no Brasil ou seria apenas uma forma de política paliativa de atraso educacional? O objetivo deste estudo é relatar uma experiência docente quanto a prática compulsória da “aprovação automática”, na disciplina de Ciências, em seis turmas de uma escola de ensino fundamental no município de Craíbas-AL. Assim, foram realizados levantamentos bibliográficos sobre o tema e analisada a experiência prática de vivência em sala de aula. Percebeu-se que essa política de progressão/aprovação continuada/automática tende a mascarar os resultados de baixas frequências e baixos rendimentos escolares dos educandos, visando o aumento de índices educacionais que não retratam, necessariamente, a qualidade do ensino-aprendizagem. Conclui-se que, ainda há um longo caminho para se alcançar a garantia do padrão de qualidade na educação brasileira.