Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 1(10), p. 90-98, 2019
DOI: 10.6008/cbpc2179-6858.2019.001.0008
Nas últimas décadas, presenciou-se um rápido crescimento das cidades em tamanho, população e densidade, concentrando os problemas e desafiando a sociedade e aqueles que a administram. Atualmente, o Brasil ainda se encontra em posição de atraso no cenário internacional de saneamento, o que implica em prejuízos à qualidade de vida da população e à economia do país. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento das internações e óbitos ocasionados por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI) e os indicadores de saneamento em 29 municípios do Rio Grande do Sul, no período de 2000 a 2010. Foram utilizados dados do cadastro do Sistema de Informações Hospitalares do SUS e dos Censos de 2000 e 2010. Foi verificado que o número de internações teve declínio no intervalo de anos estudado, no entanto as internações em decorrência de DRSAIs não apresentaram o mesmo comportamento. Em 2000, o total de internações foi de 86.135, caindo para 69.749 em 201. Já as internações por DRSAI, em 2000, totalizaram 1.170 e, em 2010, elevando-se para 1.509. Todos os indicadores de saneamento básico, quando avaliados para a região como um todo, apresentaram crescimento no que diz respeito à cobertura dos serviços no período, no entanto, recomenda-se a análise de cada município separadamente