Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Revista Educação Especial, (32), p. 74, 2019
Full text: Download
No Brasil, é direito do aluno com Transtorno do Espectro Autista com comprovadas necessidades, ter a presença de um acompanhante especializado em sala de aula, o professor auxiliar. Contudo, a legislação referente a esse profissional é recente. O presente estudo caracterizou esses profissionais e a percepção destes sobre suas atividades. Foram entrevistados 12 acompanhantes especializados de Foz do Iguaçu, Paraná. Os dados da caracterização foram tabulados e os dados qualitativos foram analisados pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo. Constatou-se que todos os 12 entrevistados eram do sexo feminino, apenas 03 com pós graduação em educação especial, média de idade de 37 anos e 08 professoras estavam tendo sua primeira experiência na atividade atual. Nos discursos observou-se conhecimentos limitados sobre autismo, pouca articulação com o professor regente, necessidade de capacitações com atividades práticas e um misto de frustrações e realizações pessoais em relação a atuação. A atividade do professor auxiliar ainda está em desenvolvimento, poucos estudos relatam essa atuação e necessita de normativas específicas delimitando seus requisitos profissionais, abrangência e metas educacionais.