Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas (GVAA), Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 5(13), p. 672, 2018
DOI: 10.18378/rvads.v13i5.6716
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O milho é cultivado em todo o Brasil para uso na alimentação humana e animal e como matéria prima de biocombustíveis e indústria. Sua produtividade é prejudicada pela degradação de água e solo, da qual a salinização é grave na região semiárida. Três experimentos foram realizados em solos (Argissolo, Cambissolo e Neossolo flúvico) do estado do Rio Grande do Norte para avaliar o efeito do biochar sobre a massa seca e nutrientes de plantas de milho irrigado com águas salinas. Os solos preenchiam colunas de PVC dispostas em casa de vegetação da Universidade Federal Rural do Semiárido, em Mossoró. O delineamento era inteiramente casualisado em esquema fatorial com quatro repetições. Os fatores estudados foram doses de biochar (0; 0,5; 1,0; e 1,5 %) e níveis de salinidade da água de irrigação (0,57; 2,65 e 4,5 dS m-1). O biochar foi obtido da carbonização de Prosopis juliflora (Sw.). Aos 40 dias após emergência determinou-se a massa seca da parte aérea e o teor de N, P, K, Ca e Mg das plantas. Os dados foram submetidos à análise de variância e análise de regressão. As respostas da massa seca e teores de nutrientes do milho indicam que o biochar pode mitigar a salinidade da água de irrigação, dependendo da dose aplicada e do tipo de solo.