Revista Enfermagem UERJ, (27), p. e40203, 2019
DOI: 10.12957/reuerj.2019.40203
Objetivo: analisar ações de prevenção e enfrentamento das IST/aids em mulheres encarceradas, considerando as dimensões de vulnerabilidade. Método: pesquisa qualitativa com aporte teórico-metodológico da Narrativa de Vida de Bertaux. Teve como cenário de estudo o Conjunto Penal de Jequié-BA. Os dados foram coletados através da entrevista aberta com 15 mulheres encarceradas. Estudo aprovado sob CAAE 64271316.2.0000.0055. Dados analisados por meio da análise temática de Bertaux. Resultados: a utilização de preservativo, seguindo critérios pessoais, culturais, e acesso aos serviços de saúde e insumos proporcionados pelo presídio constituem ações preventivas que as mulheres não teriam fora dele. Contudo, práticas sexuais desprotegidas prevalecem sobre a decisão em utilizar medidas protetivas, pois é fortemente determinada pela cultura e hábitos pregressos, bem como pela dinâmica do presídio. Conclusão: As ações de prevenção podem reduzir a vulnerabilidade das mulheres encarceradas, porém medidas individuais e Institucionais voltadas para estas práticas preventivas efetivas permanecem como desafio dentro do sistema prisional.