Published in

Revista de Medicina, 4(97), p. 422-432, 2018

DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v97i4p422-432

Links

Tools

Export citation

Search in Google Scholar

Drenagem biliar pré operatória no câncer de cabeça de pâncreas

This paper was not found in any repository; the policy of its publisher is unknown or unclear.
This paper was not found in any repository; the policy of its publisher is unknown or unclear.

Full text: Unavailable

Question mark in circle
Preprint: policy unknown
Question mark in circle
Postprint: policy unknown
Question mark in circle
Published version: policy unknown

Abstract

Drenagem biliar pré-operatória (DBPO) é método utilizado com o objetivo de reduzir consequências da colestase em pacientes com neoplasias obstrutivas peri-ampulares (cabeça de pâncreas, colédoco distal, papila duodenal ou duodeno). Entretanto, sua indicação é controversa na literatura. Relata-se caso onde houve discordância entre definição terapêutica pelo médico assistente e a equipe cirúrgica, seguida de revisão da literatura disponível em busca de definição da melhor indicação de DBPO versus cirurgia precoce em tumores ressecáveis na cabeça do pâncreas. A pesquisa abrangeu artigos a partir de 1935, quando Whipple descreveu os benefícios teóricos da DBPO em relação à cirurgia definitiva direta. Diversos estudos não-randomizados, randomizados, multicêntricos, meta-análises e revisões foram avaliadas nas principais plataformas de pesquisa na presente revisão. Os resultados são variados e não permitem definição inequívoca. Os trabalhos com nível de evidência mais elevados são as revisões sistemáticas publicados pela Cochrane que sugerem a falta de evidências a favor ou contra o uso de DBPO na rotina. A maioria dos estudos sugere que a drenagem se relacione com maior taxa de complicações pós-operatórias. Drenagem biliar percutânea trans-hepática (DBPT) foi comparada à colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) e não foram encontradas diferenças quanto aos custos, duração da hospitalização ou desfechos. Conclui-se que drenagem biliar pré-operatória deve ser evitada sempre que a ressecção definitiva estiver disponível dentro de até 7 dias, em centro de referência. A prática pode trazer benefícios em casos de colangite, instabilidade pré-operatória ou indisponibilidade de leito em centro especializado para realização de procedimento precocemente.