Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Revista Sustinere, 2(6), p. 268-280, 2019
DOI: 10.12957/sustinere.2018.35948
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Este estudo tem como objetivo conhecer a percepção de cuidadores familiares de pessoas que sofreram um acidente vascular encefálico. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa realizado por meio de entrevistas e um roteiro semiestruturado com 12 cuidadores de um município da Paraíba. O roteiro era composto por duas partes sendo a primeira composta por dados sociodemográficos e a segunda por quatro perguntas abertas. Os dados empíricos foram tratados e organizados mediante análise de conteúdo proposta por Bardin emergindo três categorias: sentimentos ao cuidar de um familiar com incapacidades após um acidente vascular encefálico, dificuldades enfrentadas pelo cuidador para realizar o cuidado e problemas de saúde adquiridos, e rede de apoio para o cuidador familiar. Houve um predomínio de sentimentos de pesar, sensação de impotência, dificuldades físicas para a realização do cuidado e queixas de estresse emocional. Observou-se com este estudo que existem fragilidades frente a atenção e aos cuidados com o cuidador familiar e assim a necessidade de ampliar o escopo de atenção nesse contexto. Acredita-se que uma rede de apoio que pudesse atender com fortalecimento de vínculo, atenção integral, além de uma assistência humanizada e qualificada poderá contribuir com a saúde e qualidade de vida dos cuidadores familiares.