Revista Educação em Saúde, 2(6), p. 31-39, 2018
DOI: 10.29237/2358-9868.2018v6i2.p31-39
Objetivo: Avaliar a efetividade de um processo de intervenção em saúde, baseado em estratégias de ações educativas e aconselhamento medicamentoso, para o controle glicêmico de pessoas com diabetes mellitus do tipo 2. Métodos: Estudo de intervenção em saúde com usuários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de uma capital do Nordeste brasileiro. Foram selecionadas 44 pessoas com diabetes tipo 2, inseridos em um programa de Estratégia de Saúde da Família (ESF). As ações intervencionais envolveram equipe multiprofissional, com realização de atividades educativas, visitas domiciliares e acompanhamento ambulatorial. Para análise dos resultados utilizou-se a análise descritiva e estatística (por meio do teste T de Student), para comparação da concentração glicêmica pré e pós-intervenção. Resultados: O grupo apresentou média de idade de 62,5 anos e todos apresentavam co-morbidades como, por exemplo, hipertensão (68,2%), dislipidemia (100%) e obesidade (27,3%). Verificou-se que 86,4% são sedentários e 54,6% possuem ensino fundamental incompleto. A média da glicemia de jejum pré e pós intervenção foi 161,3 (±89,5) e 145,05 (±76,4), respectivamente, apresentando-se estatisticamente significativo (p<0,002). Conclusão: Constatou-se uma contribuição positiva das atividades desenvolvidas em relação ao cuidado e ao controle da glicemia, tornando-se potenciais modificadores da realidade dos usuários, principalmente no que diz respeito aos fatores de risco cardiovascular.