Ciência & Saúde Coletiva, 11(23), p. 3547-3556, 2018
DOI: 10.1590/1413-812320182311.25542016
Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a prevalência e os fatores associados à ausência de aleitamento materno na alta hospitalar em uma maternidade pública de Maceió, Alagoas, Brasil. Estudo transversal realizado com puérperas sob alta hospitalar assistidas na maternidade do hospital universitário da capital. Foram calculadas razões de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) por regressão de Poisson com emprego de modelo hierarquizado. Aproximadamente 20% das puérperas não estavam amamentando. Hábito tabagista na gravidez [RP = 5,20; (IC95% = 1,75-15,33); p = 0,003]; intercorrências na gestação [RP = 3,50; (IC95% = 1,04-11,77); p = 0,042] e falta de informações sobre aleitamento materno no pré-natal [RP = 5,44; (IC95% = 1,78-16,67); p = 0,003] foram fatores desfavoráveis à amamentação. A prática de aleitamento materno dentro da maternidade está aquém do ideal. Evidencia-se a importância do pré-natal, visando fornecer orientações quanto à prevenção do tabagismo na gestação e aconselhamento sobre aleitamento materno, com atenção especial àquelas puérperas que tiveram intercorrências na gestação.