Universidade de Fortaleza, Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 3(31), 2018
DOI: 10.5020/18061230.2018.8205
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Objetivo: Avaliar o nível de sonolência diurna excessiva (SDE), a síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) e as condições de saúde em idosos.Métodos: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, realizado com idosos cadastrados nas Estratégias de Saúde da Família de um município do Rio Grande do Norte, Brasil, de setembro de 2015 a janeiro de 2016. Utilizou-se um questionário sociodemográfico (com perguntas relativas ao: sexo, estado civil, tipo de moradia, endereço, renda, escolaridade e profissão) e de condições de saúde (com perguntas relativas à presença de doenças, a sequelas presentes e ao uso de medicamentos). A sonolência diurna excessiva (SDE) foi medida pela escala de Epworth e a síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS), pelo questionário clínico de Berlin. Resultados: Participaram do estudo 61 idosos, com idade média de 68,5 anos, sendo 46 do sexo feminino (75,4%). Dentre eles, 56 (91,8%) relataram ter algum tipo de doença, sendo a hipertensão arterial sistêmica (HAS) a mais frequente (57,4%; n=35), seguida pela diabetes mellitus (DM) (24,6%; n=15) e artrite ou artrose (34,4%; n=21). Observou-se correlação positiva entre HAS e SAOS (p=0,001), DM e SAOS (p=0,018) e entre SDE e doenças respiratórias (p=0,010). Conclusão: As doenças mais prevalentes entre os idosos avaliados foram hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. A maioria não apresentou sonolência diurna excessiva e, quando observada, foi principalmente em grau leve. Apesar disso, observou-se associação positiva entre doenças crônicas, síndrome de apneia obstrutiva do sono e sonolência diurna excessiva.