Universidade Estadual de Maringá, Ciência, Cuidado e Saúde, 2(17), 2018
DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v17i2.40365
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Este estudo objetiva analisar o perfil dos pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva oncológica. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no período de setembro a dezembro de 2016, através de sistema informatizado utilizado pela instituição. Foram admitidos 55 pacientes durante o período da coleta. A idade variou entre 18 e 80 anos, com média de 55 anos. Em sua maioria, são pacientes com neoplasias gastrointestinais (29,09%), provenientes das enfermarias do hospital (32,73%). No geral, 14,55% receberam cuidados paliativos e a mortalidade total no período foi de 34,55%. A carga de trabalho apresentada foi de 79,04%, traduzida em uma demanda de trabalho de 18 horas e 57 minutos. Houve predomínio do Karnofsky Performance Status 30% (52,73%) e de pacientes com Índice de Comorbidade de Charlson entre 2 e 5 pontos (76,36%). As unidades de terapia intensiva oncológica devem estar preparadas para atuar com pacientes sem possibilidades de cura. A mortalidade não é superior quando comparada a unidades de terapia intensiva de outras especialidades, desmistificando a admissão de pacientes oncológicos em unidades de terapia intensiva.