IMED, Revista de Psicologia da IMED, 1(10), p. 37, 2018
DOI: 10.18256/2175-5027.2018.v10i1.2493
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O tratamento para o câncer de mama pode gerar autoavaliações negativas da imagem corporal feminina, resultando em prejuízos nas relações interpessoais e afetivo-sexuais. Um elaborado repertório de habilidades sociais serve de fator de proteção ao favorecer o enfrentamento a estressores desencadeados pelo tratamento. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção de imagem corporal e o repertório de habilidades sociais (HS) de mulheres com câncer de mama. Realizou-se uma pesquisa de delineamento descritivo e correlacional. Setenta mulheres em tratamento em instituições públicas maranhenses responderam, de forma voluntária e anônima, a três instrumentos: Protocolo de Caracterização Individual, Escala de Estima Corporal e Inventário de Habilidades Sociais. Os dados, analisados por meio de análises estatísticas descritivas e inferenciais, indicam que a amostra possui um bom repertório de HS; sentimentos neutros em relação a sua imagem corporal, exceto no fator sexualidade, onde apresentou sentimentos negativos médios; e uma correlação positiva e significativa (r = 0,238; p<0,05) entre os fatores “enfrentamento e auto-afirmação com risco” e “sexualidade”. Os dados não apoiaram estudos anteriores que sinalizam o comprometimento da imagem corporal dessas pacientes. Sem embargo, reforçam achados nacionais que um bom repertório de HS funciona como fator de proteção à insatisfação e baixa estima corporal.