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Caracterização Epidemiológica da Infeção por Treponema pallidum em Mulheres Grávidas na Cidade da Beira, Sofala, Moçambique.

Published in 2019 by Guido André Nchowela
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Abstract

Introdução: A sífilis é, de entre as várias doenças que podem ser transmitidas durante o período de gestação e parto, podendo originar complicações durante a gravidez e no recém-nascido. Isto sucede principalmente quando a grávida não é diagnosticada ou tratada atempadamente de forma adequada. Objetivo: caracterizar a infeção por Treponema pallidum em mulheres grávidas na Cidade da Beira, Sofala, Moçambique e a sua abordagem pelo pessoal de saúde. Metodologia: foram analisados dados de 26250 de mulheres grávidas incluídas num estudo retrospetivo (nestas tinha sido efetuado um teste rápido treponémico) e de 262 (incluídas prospectivamente), com idades entre 18 - 41 anos de idade, atendidas nas consultas pré-natais do Centro de Saúde da Ponta Gêa, de janeiro de 2013 a julho de 2016. No estudo prospetivo, efetuou-se um teste rápido treponémico e um não treponémico. Um questionário estruturado foi aplicado para colheita das variáveis sociodemográficas e clínicas, o qual foi desenvolvido a partir da revisão de literatura. Resultados: A prevalência de sífilis ativa foi de 11,8%, sendo 28,2 e maior do que a obtida no estudo retrospetivo (1,1%). A maioria das mulheres grávidas com amostras reativas, encontravam-se na faixa etária entre os 18-25 anos de idade para ambos os grupos, sendo 57,3% no estudo retrospetivo e 55,4% no prospetivo. Na sua maioria foram tratadas com doses abaixo das recomendadas, 69,6% no grupo prospetivo e 61,3 % no grupo prospetivo. Em ambos os estudos, apenas um número diminuto de parceiros foi tratado. A maior seroprevalência de sífilis encontrou-se nas domésticas (77%), nas que frequentaram o ensino primário (71,6%), que usufruíam de uma renda mensal de 1000-3000MT (70,3%), com duas ou mais gestações (55,7%) e que viviam maritalmente (63,5%). A taxa de co-infeção sífilis/HIV nas mulheres do estudo prospetivo foi (31,7%). Conclusão: De acordo com os resultados obtidos neste estudo, tornam-se necessárias medidas urgentes que avaliem os problemas encontrados e que melhorem a abordagem que se faz em relação ao rastreio, tratamento e monitorização da sífilis durante a gravidez, de modo a prevenir o aparecimento de casos de sífilis congénita. ; Introduction: When we consider the various diseases that may be transmitted during pregnancy or labour, causing many tomes severe complications during pregnancy and in the neonate. This happens mainly when the pregnant woman is not diagnosed as having syphilis or treated timely and in an adequate manner. Objective: To characterize Treponema pallidum infection in pregnant women from Beira City, Sofala, Mozambique and its management by health care professionals. Methodology: Data from 26250 pregnant women was analyzed in a retrospective study (in these women a treponemal rapid test had been done) and from 262, included prospectively. These women, with ages from 18 - 41 years, were attended at the pre-natal clinic Centro de Saúde da Ponta Gêa from january 2013 to july 2016. In the prospective study, a treponemal rapid test and a non treponemal test were performed. A structured questionnaire was applied for the sociodemographic and clinical variables, which was developed from literature review. Results: The prevalence of active syphilis was 11.8%, being 28.2% and higher than the one obtained in the retrospective study (1.1%). The majority of pregnant women with a reactive test were in the 18-25 years of age group, 57.5% in the retrospective study and 55.4% in the prospective one. The majority of women were treated with lower doses than recommended, 69.6% in the retrospective group and 61.3% in the prospective one. In both groups, only a small number of partners were treated. The higher prevalence of syphilis was found in the women who were housewives (77%), in those that only attend primary school (71.5%), had a monthly income of 1000-3000MT (70.3%), with two or more pregnancies (55.7%) and living in a marital status (63.5%). The coinfection rate Syphilis/HIV in the prospective study women was (31.7%). Conclusion: In accordance with the results obtained in this study, it is necessary that urgent measures are taken to evaluate the problems found and which will improve the screening, treatment and follow-up management of syphilis during pregnancy, in view of preventing congenital syphilis cases.