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Essequibo. O pomo da discórdia. Diferendo territorial entre a Venezuela e a Guiana

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Abstract

A oeste do rio Essequibo, lúmen que nasce no maciço montanhoso de Acarai, próximo da fonteira brasileira, e corre de suão para setentrião ao longo de 1 010 quilómetros, existe uma rica e promissora faixa de terra com 159 542 km2 que, tendo integrado a Guiana Britânica, pertence hoje à República Cooperativa da Guiana. Apesar de uma magra parte da sua área ter feito parte, de jure, da Capitania-Geral da Venezuela, então um distrito administrativo do império colonial espanhol, nunca esteve, de facto, sob jurisdição de Caracas. No entanto, como o prócere secessionista Simão Bolívar reclamou, junto do governo britânico, pelos direitos históricos que assistiam aos venezuelanos sobre tal espaço, nominal, os sucessivos governos têm feito de Essequibo uma causa pública. Se em dias de tranquilidade institucional o assunto parece ficar apartado das preocupações oficiais, mais viradas para o retorno de dividendos políticos do que em criar novos focos de instabilidade, em dias de negrume, de labilidade, agitam-se os fantasmas do território tido por ocupado ou sonegado de forma tão ilegítima quanto inconstitucional. A documentação oficial, a este propósito, não deixa margem para dúvida: Es «de derecho» la frontera natural según el divortium aquarum que delimita el margen oriental de República Bolivariana de Venezuela con la República Co-operativa de Guyana, aunque por la disputa territorial existente entre ambos países por la soberanía de la Guayana Esequiba, es «de hecho» administrado y ocupado en su totalidad por la ex-colonia inglesa de la Guayana Británica, actual Guyana. Ou seja, à semelhança dos sinos que repicam em noites de invernia, o discurso da recuperação de Essequibo ganha foros de cidadania e transmuta-se em questão central da política externa venezuelana. A extensão geográfica desta língua de terra vertical, manifestamente superior a Portugal, em parte virgem mas onde existem importantes reservas de minérios nobres, afigura-se motor de discórdia e de crispação no concerto regional. ; West of the Essequibo River, lumen which rises in the massive mountain of Acarai, near the Brazilian border and runs, southern to norther, more than 1010 kilometers, there is a rich and promising strip of land of 159,542 km2, has integrated the British Guiana but now belongs to the Co-operative Republic of Guyana. Despite having been part, de jure, of the Captaincy General of Venezuela, then an administrative district of the Spanish colonial empire, was never, in fact, under the jurisdiction of Caracas. However, as the secessionist noble Simon Bolivar complained with the British government about the historical rights who attended the Venezuelans on such a space, nominal, successive governments have made Essequibo a common cause. If in institutional tranquility days it seems to stay apart of the official concerns, facing the return of political dividends than creating new focus of instability, in days of darkness, of lability, stir the ghosts of the territory that has been occupied or withheld in a so illegitimate as unconstitutional way. The official documentation in, this respect, leaves no room for any doubts:”Es «de derecho» la frontera natural según el divortium aquarum que delimita el margen oriental de República Bolivariana de Venezuela con la República Co-operativa de Guyana, aunque por la disputa territorial existente entre ambos países por la soberanía de la Guayana Esequiba, es «de hecho» administrado y ocupado en su totalidad por la ex-colonia inglesa de la Guayana Británica, actual Guyana”. That is, like bells that chime in wintering nights, the speech of Essequibo recovery gains citizenship forums and transmutes into a central issue of Venezuelan foreign policy. The geographical extension of this vertical and tight land, clearly exceeding Portugal territory, that has never been explored but where there are significant reserves of noble minerals, it seems like a discord engine and contraction in the regional concert.