O envelhecimento da população assume-se como uma realidade cada vez mais premente no nosso país, apontando, as estatísticas, para um acentuar deste fenómeno nos próximos anos. Envelhecimento não se apresenta, no entanto, como sinónimo de inatividade, inutilidade ou perda total de capacidades, pelo que, reconhecendo que a educação é permanente, que a aprendizagem se faz ao longo da vida, a educação pode constituir-se como uma mais-valia para os idosos, fomentando a construção de novos objetivos e projetos de vida. As Universidades Seniores emergem, neste contexto, como uma resposta educativa e social, através da qual se fomenta a integração e permanência dos idosos nas estruturas sociais e se contribui para o seu bem-estar, por meio da promoção de atividades de aprendizagem, lazer e convívio. Através de um estudo realizado junto dos indivíduos que frequentavam a Universidade Sénior de Elvas pretendeu-se analisar o papel das universidades seniores no quotidiano dos idosos, partindo precisamente da análise das experiências, perceções e expetativas dos indivíduos. Os resultados remeteram para um claro impacto da universidade sénior no quotidiano nos idosos, com especial ênfase na sua vertente formativa/educativa. Não obstante uma dimensão social, de lazer e de convívio, os resultados vincaram a componente de aprendizagem ao longo da vida, enquanto ponto de partida e de chegada dos que frequentam a instituição.