Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Cadernos de Saúde Pública, 11(27), p. 2188-2196, 2011
DOI: 10.1590/s0102-311x2011001100012
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Objetiva-se determinar as tendências de mortalidade infantil e de seus fatores de risco em Porto Alegre. Este é um estudo baseado nas informações do registro de nascidos vivos e de óbitos infantis no período de 1996-2008. Foi analisada a tendência temporal das taxas de mortalidade infantil (TMI) e de seus componentes, de acordo com a escolaridade materna, o número de consultas de pré-natal, idade materna, número de filhos vivos e mortos, sexo do recém-nascido, o tipo de parto, a idade gestacional, o peso de nascimento e o tipo de hospital. Foi utilizada a regressão sequencial de Poisson para estimar a influência da condição socioeconômica e os demais fatores de risco. A TMI decaiu entre os nascidos de mães com escolaridade inferior a 11 anos. Entre os nascidos de mães com 12 ou mais anos de escolaridade, não houve alterações significativas. A condição socioeconômica materna foi o fator que mais se associou à redução da mortalidade infantil. Contudo, a tendência de redução não atingiu todo o potencial devido ao aumento do baixo peso ao nascer.