A alveolização granítica assume-se desde Alain Godard (1977) como o resultado de um compromisso morfogenético entre fases de alteração química em clima tropical húmido e fases de ablação em clima subtropical seco, com a sua génese a encontrar-se associada a fatores morfo-estruturais, enquanto a sua diferenciação se deve, no essencial, a fatores morfoclimáticos.A similaridade das condições de base es truturais nos diferentes sectores do Maciço Hespérico aponta para uma justificação da eficácia da meteorização química, no quadro das diferenças observadas em torno das condições climáticas passadas, levando à compreensão da distinção que ocorre entre as formas alveolares do litoral e do interior.A investigação que tem vindo a ser realizada na região da Cova da Beira, permitiu a assunção da forma alveolar do Fundão, desenhada num quartzodiorito de forte componente biotítica, provando ainda, de uma forma inequívoca a existência, também no interior do Portugal Central, de alvéolos de dimensões significativas. DOI: http://dx.doi.org/10.14195/0871-1623_34_2