Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental, Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 1(17), p. 100-113, 2014
DOI: 10.1590/s1415-47142014000100008
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As revisões periódicas das classificações diagnósticas em psiquiatria sempre provocam intensos questionamentos que interrogam sobre a própria natureza dos objetos classificados. A pergunta recorrente é: os transtornos psiquiátricos existem de fato ou são apenas construções sociais? Neste artigo, procuramos esclarecer os pressupostos da posição essencialista e a do construtivismo social, e defender que existem alternativas conceituais, como o modelo dos tipos práticos, que nos permitem retirar o eixo central do debate nosológico da disputa natureza versus construção social.