Universidade Federal de Minas Gerais, Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 1(61), p. 259-265, 2009
DOI: 10.1590/s0102-09352009000100036
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Avaliou-se a influência do período colostral nos teores lácteos de cloretos, lactose e do índice cloretos/lactose. Foram colhidas 418 amostras de leite provenientes de glândulas mamárias sadias, e que não apresentavam crescimento bacteriano ao exame microbiológico, de 127 vacas da raça Jersey. As amostras foram distribuídas em oito grupos: 0 ┤1/2 dia; 1/2 ┤1 dia; 1 ┤2 dias; 2 ┤3 dias; 3 ┤5 dias; 5 ┤7 dias; 7 ┤15 dias; 15 ┤30 dias em lactação. Nas amostras, colhidas antes da ordenha, foram determinados os valores de cloretos, por titulação colorimétrica, e de lactose, por radiação infravermelho, e calculou-se o índice cloretos/lactose. Nas primeiras 24 horas da lactação, observou-se abrupta diminuição no teor lácteo de cloretos e do índice cloretos/lactose, associada com o aumento no teor lácteo de lactose. A transição da secreção de colostro para leite em relação ao teor de cloretos e lactose e ao índice cloretos/lactose na secreção láctea ocorreu na primeira semana da lactação, a partir do terceiro dia da lactação para o valor de cloretos e para a relação cloretos/lactose e a partir do quarto dia da lactação para o teor de lactose. Recomenda-se, nas primeiras 24 horas da lactação, a adoção dos seguintes limites de normalidade: cloretos, <173,4mg/dL; lactose >3,94g/dL e índice cloretos/lactose, <6,11%. Entre o segundo e o sétimo dia da lactação (transição de colostro para leite), indicamse os seguintes limites: cloretos <125,9mg/dL; lactose, >4,03g/dL e índice cloretos/lactose <3,54.