A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais devastados do mundo. Este ecossistema sobrevive em pequenos fragmentos que possuem um papel importante na deposição de serapilheira. O objetivo desse trabalho foi verificar a influência de elementos climáticos na sazonalidade da deposição de serapilheira acumulada e, sua decomposição, em um fragmento de Mata Atlântica. O estudo foi realizado no período de outubro/2009 a março/2019. Os dados de Radiação Solar Global e Precipitação foram armazenados a cada 10 minutos e coletados em uma Reserva Florestal, em Coruripe, Alagoas. A serapilheira normal foi coletada mensalmente por malhas de náilon enquanto que a serapilheira acumulada foi coletadas a cada 3 meses por coletores de metal. Os materiais coletados foram secos, pesados e quantificados em Mg ha-1. Foi estimada a taxa de decomposição, o tempo médio de renovação de serapilheira acumulada e o tempo necessário (anos) para o desaparecimento de 50% (T0,5) e 95% (T0,05). A precipitação média anual acumulada foi de 1233,92 mm. A Radiação Solar Global apresentou média de 437,92 W m-2. A produção de serapilheira apresentou sazonalidade com os menores acúmulos na estação chuvosa e maiores na seca. O coeficiente de decomposição médio foi de 0,71 e o tempo médio necessário para o desaparecimento de 50 e 95% da serapilheira foi de aproximadamente 1 e 4,2 anos, respectivamente. Por fim, evidenciou-se sazonalidade na produção total e no acumulo de serapilheira e a associação com o regime pluviométrico.