Objetivo: Identificar os padrões alimentares e os seus fatores associados em uma amostra de mulheres residentes de um munícipio do Nordeste do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados de 648 mulheres acompanhadas por um serviço de saúde vinculado ao Sistema Único de Saúde. Foram coletados dados sociodemográficos, de estilo de vida, de estado nutricional e de consumo alimentar. Os padrões alimentares foram identificados através da análise fatorial por meio de componentes principais. Os fatores associados aos padrões obtidos foram identificados por meio de modelos de regressão linear múltiplos. Resultados: Foram identificados três padrões alimentares: “tradicional Brasileiro”, “ocidental” e “prudente”, que explicaram 25,5% da variabilidade total da dieta. As mulheres idosas possuem menor aderência aos padrões “tradicional Brasileiro” (β -0,12 IC95% -0,22:-0,03) e “ocidental” (β -0,15 IC95% -0,25:-0,05), enquanto as mulheres sem companheiro apresentam maior aderência ao padrão “tradicional Brasileiro” (β 0,15 IC95% -0,00:-0,31). Mulheres autodeclaradas pardas (β -0,35 IC95% -0,54:-0,17) e negras (β -0,35 IC95% -0,65:-0,04) possuem menor aderência ao padrão “prudente”. Considerações finais: Os três padrões alimentares obtidos são consistentes com os identificados em outros estudos no país e foram associados com fatores como idade, estado civil e cor autodeclarada.