As doenças parasitárias são consideradas doenças negligenciadas, com alta ocorrência no Brasil. Praças públicas são importantes áreas de lazer frequentadas por crianças, jovens, adultos e idosos, porém, tais áreas possuem grande quantidade de animais, que eliminam fezes nesses locais, potencializando a transmissão de doenças parasitárias zoonóticas. Este estudo teve como objetivo determinar a ocorrência de parasitos em solos de praças públicas da cidade de Patos, estado da Paraíba, semiárido brasileiro. Foram colhidas cinco amostras de 100 g de bancos de areia de 28 praças públicas no período de novembro de 2018 a abril de 2019, totalizando 140 amostras. O processamento foi feito pelo método de sedimentação simples. Das 28 praças em 27 (96,43%) foram encontrados parasitas no solo, e das 140 amostras de solo em 74 (52,85%) foi encontrado algum tipo de agente parasitário, identificados como helmintos. Nas 28 praças, as frequências absolutas e relativas foram 25 (89,2%) para Ancylostoma spp., 13 (46,4%) para Strongyloides spp., oito (28,6%) para Trichuris spp., sete (25%) para Enterobiusvermicularis e seis (21,4%) para Toxocara spp. (P < 0,0001). Do número total de amostras (n = 140), 50 (35,7%) foram positivas para Ancylostoma spp., 18 (12,9%) para Strongyloides spp., nove (6,4%) para Trichuris spp., sete (5%) para Enterobius vermicularis e seis (4,2%) para Toxocara spp. (P < 0,0001). Das 140 amostras, 74 (52,85%) apresentaram alguma forma parasitária, sendo 60 (81%) com apenas um tipo de espécie parasitária e 14 (19%) estavam poliparasitadas. Houve maior densidade de positividade na área central da cidade. Dessa maneira, sugere-se melhor planejamento na manutenção desses espaços com vistas a garantir a sanidade ambiental e, consequentemente, promoção da saúde animal e humana.