Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 5(11), p. 55-62, 2020
DOI: 10.6008/cbpc2179-6858.2020.005.0006
A concessão florestal foi implementada com o objetivo de promover a conservação dos recursos naturais e ao mesmo tempo gerar o desenvolvimento socieconômico. O monitoramento da floresta após exploração é uma ferramenta importante para a tomada de decisões no manejo florestal. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da exploração na estrutura da floresta após exploração sob diferentes taxas de corte. O estudo foi realizado em uma unidade de manejo florestal, Flona do Jamari, RO, a primeira floresta em regime de concessão no Brasil. Foram monitoradas duas unidades de produção anual (UPA), com taxas de corte de 14,4 m³ha-1 e 11,64 m³ha-1. Amostrou-se todos os indivíduos arbóreos com DAP≥10 cm em parcelas permanentes de 0,5 ha aleatorizadas. As avaliações foram realizadas antes e após um ano do término das atividades de exploração. Realizou-se a análise da composição florística, estrutura fitossociológica, taxas de mortalidade, ingresso e crescimento. O Teste t foi usado para verificar diferenças estatísticas em cada ambiente. A área submetida à menor taxa de corte apresentou maior variação na sua composição e estrutura após exploração, devido a sua maior diversidade, densidade de árvores e presença de espécies raras, indicando um ambiente mais suscetível as alterações antrópicas.