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Associção Brasileira de Educação Médica, Revista Brasileira de Educação Médica, 2(43), p. 114-121, 2019

DOI: 10.1590/1981-52712015v43n2rb20180118

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Desafios Associados à Formação do Médico em Saúde Coletiva no Curso de Medicina de uma Universidade Pública do Ceará

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RESUMO A implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) acarretou a emergência de processos de qualificação de recursos humanos em saúde, o que engendrou a necessidade de construir as concepções curriculares no campo educacional da saúde no Brasil. Assim, o campo da Saúde Coletiva (SC) emerge como profícuo no desenvolvimento da discussão multirreferencial em saúde, no âmbito da educação, formação e trabalho. Este estudo objetivou analisar a percepção de docentes do curso de Medicina de uma universidade pública do Ceará sobre os desafios da formação médica em Saúde Coletiva. Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa, realizado com emprego da técnica de grupo focal. Foi conduzida uma sessão de grupo focal com quatro docentes das disciplinas da área da Saúde Coletiva, sendo o material qualitativo organizado em categorias e processado por meio da Análise Temática. Após a análise, emergiram as categorias: preconcepções dos discentes sobre a Saúde Coletiva; infraestrutura e preparação para uso das metodologias ativas; diálogo entre os docentes das disciplinas do eixo de Saúde Coletiva; interlocução entre a teoria e prática médica; papel ativo do discente na aprendizagem; interdisciplinaridade. Os professores assinalaram o preconceito no início do curso, sendo as novas estratégias didático-pedagógicas, pautadas nas metodologias ativas, fundamentais e mais atraentes e adequadas ao contexto social vigente, estimulando a busca do conhecimento e a melhoria da relação aluno-professor. Ademais, reconheceram a existência de fatores específicos do curso de Medicina que dificultam a aplicabilidade de estratégias didático-pedagógicas: fragilidade da formação pedagógica de grande parte do corpo docente para o exercício da docência, devido à inexistência de uma política de educação permanente e à estrutura física inadequada. Ratifica-se a importância das disciplinas da área da Saúde Coletiva para a formação do médico nessa área no que tange às competências propostas pelas DCN 2014, contribuindo para o agir do médico e para sua organização como parte de uma equipe de saúde. Dessa forma, para qualificar a formação médica, inexoravelmente, não se pode prescindir da inserção da Saúde Coletiva na matriz curricular do curso. Para que isso ocorra, é imprescindível que os conteúdos teóricos estejam atrelados ao contexto social e tecnológico vigente e pautados nas metodologias ativas de aprendizagem.