Objetivo: avaliar as propriedades psicométricas e estrutura dimensional da Escala de Medo da COVID-19 revisada (EMC-19r) para uso em trabalhadores da saúde. Métodos: estudo metodológico, realizado com 94 trabalhadores em um município da Bahia, Brasil. Utilizou-se questionário contendo dados sociodemográficos e a EMC-19 revisada. Realizou-se análise da validade de construto e consistência interna. Resultados: constatou-se unidimensionalidade do construto medo da COVID-19, com melhores índices de ajuste num modelo com fator de ordem superior (RMSEA = 0,075; CFI = 0,993; TLI = 0,989) a duas dimensões subjacentes: sintomas e sinais. Evidenciaram-se fortes cargas fatoriais (>0,50), baixas variâncias residuais (<0,70) e adequada consistência interna (α=0,738; ω=0,910; CC=0,845; VME=0,649). Conclusão: a EMC-19r possui estrutura unidimensional, com evidências de existência de fator de ordem superior que subjaz duas dimensões de sinais e sintomas. O desempenho psicométrico satisfatório endossa a recomendação da sua utilização na população brasileira de trabalhadores da saúde.