Estudo transversal no qual foram avaliados 94 trabalhadores de enfermagem da rede pública de saúde. O objetivo foi identificar a prevalência da alteração da medida do índice tornozelo-braquial e fatores de risco cardiovascular em trabalhadores de enfermagem. Os aspectos éticos foram atendidos. Os dados foram obtidos por meio de entrevista com roteiro estruturado. A prevalência da medida de ITB alterada foi de 30 (31,9%; IC; 22,3-42,6). Verificou-se que 83% eram técnicos, 91,5% do sexo feminino, idade entre 18 a 45 anos, cor da pele branca, pertencente à classe econômica A/B e com mais de cinco anos de formado. Dos fatores de risco cardiovascular, verificou-se prevalência de histórico familiar de alteração cardiovascular (73,4%), ter mais de quatro fatores de riscos cardiovasculares (73,4%), IMC ≥ 25 kg/m² (68,1%)e apresentar circunferência da cintura com risco moderado a elevado (63,8%). A não realização de atividade física (RP: 2,36; IC95%: 1,29-4,32) foi independentemente associada à alteração da medida de ITB. A coexistência de fatores de risco cardiovascular associados a alterações da medida de ITB nos trabalhadores de enfermagem reporta a necessidade de intervenções na saúde destas pessoas.